quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Capetalismo pai das nações




E viva o Capetalismo! Nosso amado sistema político-econômico que promove a igualdade social, o desenvolvimento das capacidades individuais, a busca pela diferenciação das personalidades e a liberdade de pensamento. O problema é que fazer tudo isso em meio a rotina de trabalho, dá trabalho!

Não pensem que sou socialista, não. Muito pelo contrário. Repudio esse tratado, pois ele é fruto de uma convenção de homens de poder que se basearam numa sociedade utópica que jamais poderia funcionar com humanos. Talvez com cachorros. É uma fórmula simples: os governantes vivem em palácios e o povo todo em conjuntos habitacionais para sempre.

E aqui no Brasil então? Alguns dirão:
- Ah, aqui no Brasil é tudo ótimo! É uma terra onde nasce tudo o que se planta, as pessoas são felizes, temos carnaval e verão. 
E eu diria: 
- É tudo verdade, mas quem é o dono da terra onde tudo nasce? As pessoas são felizes porque não têm problemas ou porque não os veem, por causa do carnaval e do verão?

Quando surgiu uma luz no fim do túnel da qualidade de vida brasileira veio a inflação e nos capou de vez. Não é mais possível comprar uma casa sem vender a alma. A compra do mês custa um salário. O marmitex vale meio dia de trabalho. No ônibus você paga duas viagens e faz uma. O pior é que isso aconteceu e ninguém viu. Mas a explicação é simples. É como o golpe do pai no filho que o desafiou. E nesse caso o pai é quem deu vida ao sistema, aquele que pesou a primeira moeda. E não poderia deixar de ser assim, pois nenhum rei quer ser destronado antes de sua morte.

As nações que serviram de berço para o capitalismo são agora sua cama onde ele descansa após um dia de gerência em terras distantes. Em seu colchão guarda os lucros produzidos pelos homens das novas nações, que além de arar a terra, plantar, regar, colher, vender e entregar ainda rezam pedindo a deus para abençoar a plantação e a longevidade do patrão. Esse homens sacrificam toda sua vida e seu infinito potencial tentando se parecer com o patrão, enquanto comem poucos grãos da plantação.





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