segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Eterna Dívida Externa






Você precisa comprar um fogão e após uma longa folga pesquisando em todas as lojas do centro da cidade descobre que o modelo mais barato custa cerca de R$ 500,00. Ai você fica puto porque, ao contrário de todo o mundo, sua memória de elefante guardou a informação de que em um passado não tão distante fogões similares custavam R$ 200,00. Mesmo assim, é preciso comprar um novo, porque aquele que sua família fez uma vaquinha pra te dar como presente de casamento já está todo enferrujado e só tem uma boca e meia funcionando. Como seu salário é de R$ 823,34 e você tem que dividir os custos de vida com sua cônjuge, teve que comprar o maldito fogão nas Casa Bahia, a única que parcela a compra em 16x no carnê. Você passa uma ano se comprar nada, até que um dia, quando está atravessando a loja para pagar uma parcela do carnê no caixa que fica lá nos fundos, você decide comprar uma televisão nova, já que estão anunciando 60% de desconto. Após 20 anos pagando prestações sem parar você percebe que caiu num golpe comum da vida capetalista, onde vivemos somente para comprar.
Uma pessoa cometer esse erro é aceitável, afinal é fácil cair na tentação dos prazeres materiais e tecnológicos. O problema é quando um país vira refém da dívida infinita. Isso sim pode ser novidade para muitas pessoas, pois poucos são os que sabem da grandíssima dívida externa que quase todos os países têm uns com os outros e com grandes bancos. O Brasil, é claro, não foge à regra, e gasta bem mais que a metade de todo a arrecadação de impostos para pagar as prestações dessa dívida. Você leu certo, mais da metade de todo o valor arrecadado em impostos no Brasil é utilizado para pagar prestações da dívida externa. O problema é que essas prestações nunca acabam, pois é aplicado um regime de juros sobre juros onde o valor da dívida só aumenta. Parece difícil de acreditar num primeiro momento, mas é exatamente o que ocorre. Nesta postagem não explicarei a fundo como funciona tudo isso, mas se lhe for interessante é possível encontrar muitas informações sobre os valores pagos, inclusive nos sites do próprio governo.
É preciso que as pessoas acordem para esse fato, pois chegará um momento em que até mesmo a comida será escassa, pois todos os esforços dos trabalhadores do Brasil serão direcionados para o pagamento da dívida. E isso não está tão distante, pois hoje gasta-se apenas 2% de toda a arrecadação de impostos com saúde pública, por exemplo.
Se o povo se unir é possível reverter essa situação. Pesquisem o caso da Islândia, país europeu onde toda a população se uniu, dissolveu o governo e obrigou o novos governantes a reavaliar a dívida externa de maneira a possibilitar que ela fosse quitada. Hoje o país apresenta uma altíssima taxa de crescimento econômico e qualidade de vida.



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