domingo, 28 de setembro de 2014

Óh bosta maldita!




Óh, bosta maldita
Tu que és uma merda sem igual,
que tens o tamanho do prazer de te expelir
Tu que és bela por si só,
obra-prima perfeitamente acabada

Óh, bosta maldita
Foste a primeira criação de todos os humanos (e a vida inteira de alguns)
n'algumas vezes temida, noutras desejada
Por vezes saíste da boca de quem queria a outrem ofender

Óh, bosta maldita
Tu que por diversas vezes irrompe à madrugada
arrancando urros de quem liberta-te, já liquefeita
no vaso desinfetado

Óh, bosta maldita
Brilhante encerramento do sagrado ato de se alimentar
Produto final do trabalho de um complexo sistema vital
A ti devo minha vida, Óh, bosta maldita!