segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O homem moderno



É bonito ver o homem moderno se vangloriando dos avanços científicos ao mesmo tempo que ri do que julga terem sido os homens das cavernas.
Mas o que há para se vangloriar-se e o que há para rir? 
A ciência responde perguntas com métodos por ela criados, através das interpretações feitas pelos pesquisadores que se baseiam em estudos publicados anteriormente. Que legal. E o que a ciência nos deu até hoje? Podemos dizer que basicamente nos deu máquinas e ferramentas. E o que fizemos com todas essas maravilhosas ferramentas? Nos tornamos sedentários, preguiçosos, alienados, fúteis, orgulhosos, hipócritas, mentirosos, fracos, doentes, perturbados e medíocres. Perdemos nossa vida inteira realizando trabalhos que na maioria das vezes nos deixam entediados para poder comprar comida e as tais máquinas e ferramentas da vida moderna. Nossa vida passa rápido e deixa pelo caminho um sentimento hereditário de que se você tem filhos e netos então a vida valeu a pena. Somos escravos das vontades dos outros por nem mesmo termos uma vontade própria.
O conhecimento está nas mãos de poucos e o homem comum sabe apenas caminhar devagar, falar, fazer compras, descongelar comida e usar o computador. Só isso. Todas as outras atividades humanas das mais diversas áreas das ciências, artes, construção, criação, cultivo de alimentos e etc são desconhecidas pela maioria das pessoas.
Se essa foi a evolução da raça humana, com seu incrível potencial de raciocínio lógico, cérebro superdesenvolvido, acibonoclubilódeis extra-grandes, massa cizenta densa e célular pimotinovibilares exclusivas, então seria melhor termos permanecido na condição quase animalesca de homens que caçavam e lutavam para sobreviver. Se tiverem sido como imaginamos, os chamados "homens das cavernas" não tinham esse abismo social. Todos contribuíam para o bem do grupo de forma equivalente, conheciam a natureza e a si mesmos muito mais do que nós.

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